Uma paciente que estava internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba escreveu um bilhete pedindo socorro dias antes de morrer. O caso é mais um no inquérito que investiga a chefe do setor, a médica Virgínia Helena Soares de Souza, de 56 anos, por suspeita de eutanásia, que é a antecipação da morte com o uso de procedimentos médicos. Ela está presa desde terça-feira (19).
Lindinalva Silva estava grávida de gêmeos. Em novembro de 2012 ela deu entrada no hospital ara fazer o parto, mas teve complicações e precisou ir para a UTI, onde passou 16 dias. Três dias antes de morrer, ela escreveu um bilhete à família em que pedia ajuda.
Ela dizia, “eles querem me matar, hoje eles já tentaram duas vezes disseram que eu sou bicho duro de morrer”. A paciente termina o texto dizendo, "se você deixar é minha morte”. A família dela não confiou no bilhete.
Na sexta-feira (22), Virgínia divulgou um comunicado, em que se diz vítima de uma sucessão de erros da polícia e que as investigações “não provam, sequer, a existência do fato, quanto mais a materialidade de qualquer crime”.
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O filho dela, Leonardo Marcelino, disse que a mãe é vítima de ex-funcionários que foram maltratados por ela.
— Por ter um temperamento forte, ela criou muito mais inimigos dentro do hospital do que amigos. Ela poderia ser acusada de várias coisas nesse sentido, mas não de falta de compromisso com o paciente.
A defesa da médica diz que não há provas que a incriminem. Segundo o advogado Elias Mattar Assad, a polícia se baseou apenas em depoimentos de ex-funcionários, que teriam feito as acusações para prejudicar a médica.
— Está sendo o maior erro da história da Polícia Civil do Paraná no que concerne a investigações.
Virgínia continua presa. A defesa dela deve entrar com um pedido de liberdade na semana que vem.
English:
A patient who was admitted to the ICU (Intensive Care Unit) of the Evangelical Hospital of Curitiba wrote a note asking for help days before he died. The case is another in the investigation that investigates the chief of the medical Virginia Helena Soares de Souza, 56, on suspicion of euthanasia, which is hastening death with the use of medical procedures. She's stuck since Tuesday (19).
Lindinalva Silva was pregnant with twins. In November 2012 she was admitted to hospital to give birth ara, but had complications and had to go to ICU, where he spent 16 days. Three days before she died, she wrote a note to the family that asked for help.
She said, "they want to kill me, now they have tried twice told I'm hard animal to die." The patient completes the text saying, "if you leave it is my death." Her family did not trust the ticket.
On Friday (22), Virginia issued a statement, which says victim of a succession of errors and that police investigations "do not prove, even the existence of the fact, the more the materiality of any crime."
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Her son, Leonardo Marcelino said the mother is a victim of former employees who were mistreated by her.
- By having a strong temper, she created more enemies within the hospital than friends. She could be accused of many things in this direction, but not a lack of commitment to the patient.
The defense says there is no medical evidence to incriminate. According to the lawyer Elias Mattar Assad, police relied only on the testimony of former employees who have made allegations to harm the doctor.
- It's been the biggest mistake in the history of the Civil Police of Parana in regard to investigations.
Virginia continues prey. The defense should get it with a request for freedom next week.
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