quarta-feira, 29 de maio de 2013

Homem que ajudou dentista queimado no interior de SP, declarou emocionado que foi de cortar o coração o que viu.


Uma testemunha que encontrou o dentista Alexandre Peçanha Gaddy queimado na segunda-feira (27) em São José dos Campos (97 km de SP) disse, em depoimento à polícia, que a vítima o profissional contou que os ladrões se irritaram após ele ter sacado um celular do bolso e, por isso, atearam fogo nele.

A testemunha disse: "Achei que era um assalto. Entrei na clínica, porque o sujeito gritava 'socorro, socorro, me ajuda', e quando vi, chamei um PM vizinho amigo meu e voltamos. Aí a enfermeira estava ajudando a atendê-lo", declarou. "Foi uma judiação o que fizeram, foi muita brutalidade, coisa de cortar o coração. Não dormi a noite toda com essa imagem na cabeça", desabafou o polidor.

De acordo com o delegado Leon Ribeiro, a testemunha --uma mulher que não quer ser identificada-- conversou com o dentista enquanto aguardava o socorro.

Ainda segundo a testemunha, o dentista, que continua internado em estado grave, contou que uma dupla encapuzada entrou em seu consultório para roubá-lo.

Por volta das 21h de segunda-feira (27), Gaddy, 41, estava sozinho no consultório, após o expediente, quando os criminosos entraram. Segundo a versão apresentada por essa testemunha, eles teriam levado Gaddy ao banheiro, amarrado o dentista em uma cadeira e ateado fogo.

No banheiro, a polícia encontrou uma garrafa de álcool vazia e um isqueiro, além de documentos e cartões do dentista queimados no lixo.

A secretária do consultório também já foi ouvida pela polícia. Ela contou que saiu do trabalho às 17h30 e que o álcool usado na ação era do próprio consultório.

Segundo o delegado seccional, a polícia já obteve as imagens de uma câmera do COI (Centro de Operações Integradas), da prefeitura, e está trabalhando para melhorá-las, a fim de usá-las na identificação de possíveis suspeitos.

Esse é o segundo caso neste ano em que criminosos ateiam fogo em dentistas após tentativas de assalto a consultórios no Estado de São Paulo.

No dia 25 de abril, a dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza foi morta no consultóriodela, na rua Copacabana, Jardim Anchieta, em São Bernardo do Campo (Grande SP). Ela também teve o corpo incendiado com álcool. A vítima morreu no local. Segundo a polícia, ela foi morta pois tinha apenas R$ 30 na conta bancária.
Os quatro criminosos foram presos na mesma semana que ocorreu o crime. Entre os assaltantes estava um adolescente de 17 anos que confessou à polícia ter ateado fogo na vítima.





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