Um tornado de grandes dimensões deixou nesta segunda-feira um
rasto de destruição em Moore, nos arredores de Oklahoma City, no Sul dos
Estados Unidos. Pelo menos 91 pessoas, incluindo 20 crianças, morreram, disse
Amy Elliott, uma responsável dos serviços de saúde do estado, à televisão CNN.
A casa Branca declarou o estado de catástrofe.
A dimensão dos estragos ainda não está completamente avaliada,
mas as descrições apontam para o que pode ter sido um dos maiores tornados de
sempre, com diâmetro superior a três quilómetros e velocidades de vento
superiores a 300 km/hora.
Na
escala Fujita, que mede a intensidade destes fenómenos meteorológicos, o
tornado foi classificado como
F4, segundo estimativas preliminares, embora esteja muito perto do nível mais
alto. O que significa que se situa no segundo nível mais elevado desta escala,
que vai de F0 (o menos intenso) ao F5 (o mais intenso). Um tornado F5 começa
nos 322km/h.
Numa
análise preliminar, as autoridades americanas estimam que o tornado tenha
atingido os 321 quilómetros por hora. Em entrevista à BBC, o meteorologista
Rick Smith, do Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA, afirmou: “É certamente
o tornado mais poderoso com que já lidei nos meus 20 anos no serviço de
meteorologia”.
A
tempestade começou no domingo, dia em que se registaram dois mortos (dois
septuagenários que viviam num parque de caravanas) e pelo menos 21 feridos.
Na
segunda-feira, as autoridades afirmaram haver várias pessoas presas nos
destroços. De acordo com o jornal The
New York Times, um dos hospitais na região tinha recebido até às
17h48 locais (23h48 em Lisboa) 33 feridos, dez dos quais em estado grave e dez
em estado crítico. O hospital está a antecipar a chegada de mais vítimas.
As
imagens mostram carros completamente destruídos e zonas inteiras cujos
edifícios foram desfeitos pelo tornado. Pelo menos uma escola e
um centro médico foram evacuados. No local estão autoridades de socorro, bem
como voluntários.
Imagens
de vídeo, publicadas no Youtube mostram a violência dos ventos e a dimensão do
fenómeno.
Em
1999, diz a Reuters, um tornado causou a morte a 36 pessoas em Moore, cidade
que volta agora a ser atingida.
Joe
Jolly, um habitante de Moore, disse à rádio pública que o sítio onde mora
parece "uma zona de guerra": "Praticamente não tenho casa",
contou: "AInda estou em choque. Foi intenso, não sei o que dizer, foi
terrível."
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