Francisca de Paula de Jesus, ou "Nhá Chica", como é chamada
por seus fiéis, foi beatificada pela Igreja Católica na tarde deste
sábado, na cidade de Baependi (MG). A missa de beatificação
foi presidida pelo cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação
para a Causa dos Santos no Vaticano, e contou com a presença de
autoridades do Vaticano, o governador de Minas, Antonio Anastasia e o
secretário-geral da presidência da República, ministro Gilberto Carvalho, que
representou a presidenta Dilma.
Nhá Chica é considerada por muitos mineiros a "mãe dos
pobres", e que durante o século 19, ainda em vida, chegou a ser
tratada como santa. O processo para reconhecer os milagres de Nhá
Chica foi iniciado em 1989, quase 100 anos após sua morte, e sua beatificação
foi determinada em junho do ano passado, pelo então papa Bento XVI.
A beata nasceu em 1808, em São João del-Rei, também em Minas Gerais, de
uma família de escravos, tendo ficado órfã aos 10 anos. Apesar de ter
herdado a fortuna de um irmão, Nhá Chica renunciou aos bens e riquezas,
distribuindo-as entre os pobres, além de possibilitar a construção de uma
capela dedicada à Imaculada Conceição, onde hoje está seu santuário.
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Embora não tenha optado pela vida religiosa, a beata preferiu nunca se
casar para dedicar sua vida a caridade e oração, até sua morte, em 14 de
junho de 1885. Em 1991, o papa João Paulo II concedeu para Nhá Chica o título
de "Serva de Deus", e em 2007 a Congregação para a Causa dos Santos
começou a analisar um dos milagres que milhares de fiéis lhe atribuem: a cura
de uma professora da cidade mineira de Caxambu.
O processo de beatificação é o primeiro passo antes da canonização, mas
para que a brasileira possa ser declarada santa, o Vaticano tem que confirmar
outros dois milagres.
Com
informações da Agência Brasil
Terra
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